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quinta-feira, 13 de março de 2014

Rastreio Visual na Escola EB 2/3 do Tortosendo

Desde o passado dia 24 de Fevereiro, a NOVOLHAR Óptica Médica deslocou-se, com meios humanos e materiais, à Escola EB 2/3 do Tortosendo para a realização de rastreios visuais aos alunos, professores e funcionários da Instituição, como parte integrante do Projeto ESES (Educação para a Saúde e Educação Sexual).

Todos os participantes nesta ação foram analisadas quanto à existência de sinais e sintomas de problemas visuais, ao seu historial de visão, à sua capacidade visual de longe e de perto, à existência de alterações nos meios transparentes, problemas de visão das cores e ao alinhamento dos eixos visuais.

Todos os rastreados a quem foram detetadas situações anómalas, foram aconselhados a visitar as nossas instalações, afim de ali efetuarem uma consulta completa de optometria, e assim ser determinado com exatidão o problema, e no caso de efetivamente ele existir, o consequente tratamento. Os casos de problemas não refrativos serão aconselhados a posterior consulta oftalmológica.

Foram ainda disponibilizados materiais informativos, como folhetos, acerca de lentes oftálmicas e lentes de contacto. Foi também entregue a cada um dos rastreados, um folheto com informação acerca dos problemas visuais possíveis de detetar no rastreio (anomalias oculares e problemas de saúde ocular) e acerca das condições especiais que os rastreados têm na NOVOLHAR Óptica Médica.

Deixamos ainda o nosso especial agradecimento ao Professor Filipe Ferreira, pela colaboração e excelente organização de toda a logística inerente a esta ação de rastreio, e à Direção da Escola EB 2/3 do Tortosendo pela cedência das suas instalações para a realização do mesmo.









Os cuidados que deve ter com a visão do seu filho

Lágrimas, intolerância à luz, dor de cabeça, comichão, ir contra os móveis... Estes podem ser sinais de que o seu filho não vê como deveria. Descubra o que pode atrapalhar a visão dele e o que fazer para que ele continue a ver e a aprender com o universo em seu redor.


O seu filho nasce, abre os olhos, luta contra a claridade da sala de parto e se depara com o mundo pela primeira vez. Mas tudo não passa de um grande borrão. Só a partir das 6 semanas de vida, ele conseguirá apreciar o rosto dos seus pais. É o primeiro clarão de um universo de informações visuais ao seu dispor. Por volta dos 3 meses, ele já será capaz de seguir objetos com os olhos. E, assim por diante, uma infinidade de cores e formas penetrará, por meio da visão, para construir a sua percepção da realidade. E qualquer obstáculo que o impeça de ver com perfeição irá privá-lo desse repertório, crucial por estimular o desenvolvimento cerebral e da própria visão, o que pode  comprometer a capacidade cognitiva, motora e até afetiva, já que gestos e condutas sociais são assimilados por observação.

São muitos os casos de crianças que nascem com perda de visão. Felizmente, quase um terço dos problemas podem ser prevenidos ou tratados. É um forte argumento para dedicar a devida atenção à saúde ocular do seu filho, principalmente no período que vai da gestação até ao ano e meio de idade – fase crítica de formação do sistema visual.

Como proteger a visão do bebé durante a gravidez?

Alguns micro-organismos, como os que causam toxoplasmose, sífilis e rubéola, provocam uma inflamação nos vasos sanguíneos que nutrem o sistema visual do bebé, danificando a retina, onde se formam as imagens. Mas um seguimento pré-natal adequado, com análises do histórico da gestante e exames de sangue específicos, possibilita a identificação dessas doenças na mãe e o uso de medicamentos que diminuem o potencial de agressão do micróbio, prevenindo complicações na criança.

Por que a visão dos prematuros é mais vulnerável?

Bebés que chegam antes da hora podem apresentar a chamada retinopatia da prematuridade, uma alteração nos vasos sanguíneos capaz de levar ao descolamento da retina. Por isso, todo o bebé prematuro precisa de acompanhamento rigoroso e, se necessário, deve passar por uma cirurgia que repara eventuais lesões em estágio inicial.

Qual a primeira providência necessária logo após o parto?

Crianças que nascem de parto normal devem receber a aplicação de um colírio de nitrato de prata ou de iodopovidona nas primeiras horas de vida. Isso evita a contaminação por bactérias como o gonococo, que podem estar presentes no canal vaginal da mulher e têm potencial de desencadear uma conjuntivite grave no recém-nascido.

O que é o teste do reflexo vermelho?

Este exame é indolor e consiste na incidência de um feixe de luz através dos olhos da criança. Desse modo, o especialista consegue perceber alterações no reflexo, detetando doenças como a catarata congénita, o glaucoma e o retinoblastoma, que requerem tratamento precoce para evitar danos irreversíveis. Trata-se de um método de despistagem que deve ser realizado na maternidade ou no consultório, ainda nos primeiros dias de vida. O ideal é repeti-lo aos 3 meses, para assegurar que nenhum problema surgiu após a primeira avaliação.




Por que é que essas doenças exigem tratamento urgente?

A catarata é a opacidade do cristalino, a lente ocular, o que impede que a criança receba estímulos visuais para que o cérebro e os olhos aprendam a trabalhar harmonicamente. É essencial detectá-la no estágio inicial para que a cirurgia corretiva seja realizada logo cedo – por volta dos 3 meses –, antes que a deficiência visual se instale. Já o glaucoma consiste no aumento da pressão ocular, que afeta o nervo óptico, impedindo-o de cumprir sua função de conduzir imagens da retina ao cérebro. Antes que isso aconteça, é preciso controlar a pressão com medicamentos. Por fim, o retinoblastoma é um tipo de tumor que, embora seja raro, tem o seu pico de incidência na infância e representa risco de vida e, por isso, exige rapidez no diagnóstico.

Que sinais indicam problemas oculares na infância?

Em bebés, fique atento à presença de lacrimejo frequente, intolerância à luz, vermelhidão e falta de interesse pelo ambiente que os rodeia. Nas crianças maiores, os sinais de alerta são dor de cabeça, coçar muito os olhos, aproximar demais os objetos para vê-los e esbarrar contra os objetos que rodeiam a criança, de forma frequente. Em qualquer idade, avise o médico sobre anomalias na cor da pupila e no reflexo registrado em fotografias – se um dos olhos apresentar uma mancha branca, por exemplo.

Com que frequência a criança deve ser examinada?

Após o primeiro despiste, ela deve voltar a ser observada com 3 meses, não só para repetir o teste do reflexo vermelho, mas para verificar a existência de outras alterações, como o estrabismo – um desvio no alinhamento dos olhos. Depois, o ideal é ser analisada uma vez ao ano.

Qual a importância de tratar o estrabismo precocemente?

Além de distorcer as imagens, o que acarreta a perda gradual de visão, o estrabismo fica mais difícil de ser corrigido à medida que o tempo passa e a sua musculatura se enrijece. Antes, porém, eles podem prescrever o uso de um oclusor no olho bom para exercitar o estrábico. Este mesmo procedimento também pode ser recomendado caso a criança apresente uma ambliopia - déficite visual de um dos olhos, também conhecida como olho preguiçoso. A ambliopia poderá surgir de forma isolada ou associada a algum dos problemas falados anteriormente. Este tratamento da ambliopia também tem um caracter de urgência, já que quanto mais tarde for detetada e corrigida, menores seram as probabilidades de recuperação.


Como agir em caso de problemas como miopia, hipermetropia ou astigmatismo?

É importante ter em mente que qualquer erro de refração interfere na integração entre olho e cérebro e traz prejuízo à visão. O momento de intervir varia de acordo com a avaliação médica, mas há situações em que o bebé precisa de usar óculos já com 1 ano. Por isso, os despistes oculares periódicos são tão importantes, mesmo que a criança não se queixe de nenhum desconforto. Vale destacar que um mau rendimento escolar pode ser indício de problemas visuais.

Como prevenir acidentes que prejudicam a visão?

Retire do alcance do seu filho os produtos de limpeza e os medicamentos. Se houver contato com os olhos, lave com água corrente e leve-o ao oftalmologista. Tome cuidado com objetos pontiagudos, como canetas. Em caso de traumas, como os causados por brincadeiras com bolas, leve o seu filho ao médico principalmente se houver mancha ou ele relatar flashes luminosos – mas há risco de problemas mesmo se os olhos parecerem íntegros. É preciso descartar o descolamento de retina, que requer tratamento no prazo de 72 horas. Por fim, as crianças devem expor-se ao sol de forma controlada, usando óculos escuros com proteção UV para evitar que, mais tarde nas suas vidas, desenvolvam problemas como a degeneração macular, que leva à cegueira.


Adaptado de: Revista Crescer