Comemorou-se no passado Domingo, dia 14 de Novembro, mais um Dia Mundial da Diabetes. Para assinalar esse mesmo dia deixamos aquí alguma informação acerca da Retinopatia Diabética, a principal doença ocular a afectar os diabéticos, e uma das principais causas de cegueira em todo o mundo.
A Diabetes é uma doença que consiste numa desordem crónica do metabolismo, provocando níveis elevados de glicose no sangue. Esta desordem deve-se a uma deficiência na produção de insulina pelas células do pâncreas, ou pela resistência das células à acção da insulina.
No primeiro caso estamos perante uma Diabetes Tipo I, também conhecida por insulino-dependente. Neste caso a insulina tem que ser administrada de forma artificial. A diabetes tipo I é normalmente de origem hereditária.
No segundo caso estamos perante uma Diabetes Tipo II. Estes indivíduos não são insulino-dependentes. Nestes casos a resistência à acção da insulina pode ser causada por factores genéticos, alimentares, de obesidade, entre outros.
A Retinopatia Diabética é apenas uma das possíveis consequências da diabetes, sendo a complicação ocular mais grave que esta pode provocar. A sua existência depende dos anos de duração da diabetes, mas estima-se que após 20 anos de evolução da doença mais de 90% dos diabéticos tipo I e mais de 60% dos diabéticos tipo II sofram de retinopatia diabética.
A retinopatia diabética caracteriza-se pela alteração da estrutura da parede dos microvasos da retina. Inicialmente não se detectam alterações ao nível da visão, apenas quando estas alterações atingem a mácula (zona da retina onde se formam as imagens com definição) é detectada uma diminuição da capacidade visual.
Os sintomas são diversos (visão turva ou desfocada, flashes de luz, moscas volantes e teias de aranha, perda repentina da visão, ...) e dependem do estado de evolução da doença.
O diagnóstico da doença passa por observação do fundo do olho, quer através da oftalmoscopia, quer através de outras técnicas como a retinografia e a angeografia fluoresceínica. Esta última é de elevada importância, dado que é a única técnica que permite a detecção de micro-aneurismas e de oclusão capilar. Podem também ser executados exames de campos visuais para determinar a extensão da perda de visão (quando já há perda de visão).
A prevenção e o controlo dos níveis de glicose, lípidos e tensão arterial são os melhores tratamentos para evitar a evolução da retinopatia diabética. No entanto, é de extrema importância a detecção precoce do problema e o seu acompanhamento adequado para prevenir as perdas de visão.
O único tratamento efectivo para a retinopatia diabética é a cirurgia, podendo ser aplicados diversos métodos consoante o estado evolutivo da doença.
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